Notícia
Em 20 de Julho de 1957, um pequeno grupo de agricultores reuniu-se visando encontrar soluções para as adversidades na comercialização do trigo, na época conhecido como “Cereal Ouro” e base da receita para a maioria das famílias do meio rural. Naquele momento, que hoje deve ser reverenciado como histórico, tinha início um projeto de grande repercussão social alicerçado nos ideais do pioneirismo. Ali, estava nascendo a COTRIJUI.
A passos largos, a entidade granjeou associados, parceiros e outros apoiadores, construindo um amplo plano de apoio ao setor primário, então esquecido pelos governantes e pressionado pela voracidade dos compradores do produto, que impunham seus preços e condições para operar no mercado do trigo.
A Cooperativa surgiu como um guarda-chuva, visando abrigar os interesses de pequenos, médios e grandes produtores rurais. Mas a produção não se restringiu apenas ao trigo, envolvendo milho, aveia, canola, hortigranjeiros, soja, leite, suínos, arroz, entre outras atividades. Paralelamente, projetos para agregar receitas, como Indústrias de Rações, Frigorífico, Agroindústria e Beneficiamento de arroz.
Ganhando a confiança de um grande número de triticultores associados, a COTRIJUI viu-se na necessidade de expandir o projeto do Cooperativismo para todo o Rio Grande do Sul, passou pelo Mato Grosso e marcou presença no desbravamento de uma das últimas fronteiras agrícolas do Mundo, no então desconhecido Norte Brasileiro, região Amazônica. Diante do desafio logístico, a construção de “containers” sobre a linha férrea e também de um terminal graneleiro (Porto de Rio Grande), são atos heroicos que marcam a história da Cooperativa.
Os tempos mudaram e a COTRIJUI focou suas ações no Rio Grande do Sul, envolvendo diretamente 42 Municípios. Neste chão, seus associados injetam anualmente para o Mundo mais de 1 milhão de toneladas de alimentos. Produção esta, beneficiada ou in natura, atende demandas nos Estados do Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste do Brasil, além de exportações que contemplam o Leste Europeu, Estados Unidos, Ásia e África.
Apenas para ilustrar, das Indústrias da Cooperativa surgem para o Mundo alimentos que, juntos, representam faturamento de mais de 400 milhões de reais. A Redecop, afiliada da COTRIJUI, conta com 18 modernos supermercados e um faturamento anual de 140 milhões de reais. A safra de inverno, neste ano, projeta algo superior a 140 milhões de reais entre os nossos associados. No caso da lavoura de verão, a estimativa de plantio de soja, para a próxima safra, é de 440 mil hectares, com média de 50 sacas por hectare, produção equivalente a mais de 22 milhões de unidades, e um faturamento de 1,32 bilhões de reais. No tocante ao milho, são 80 mil hectares, com média de 100 sacas por hectare e um volume total de 8 milhões de sacas. A receita para os associados pode chegar a 184 milhões de reais. No que se refere ao leite, na região de abrangência da Cooperativa, a produção diária varia entre 600 mil e 1 milhão de litros. Em termos de faturamento para o setor, com preço atual em 85 centavos, o montante fica entre 180 e 200 milhões de reais ao ano.
A COTRIJUI conta com uma invejável capacidade de armazenagem de grãos, complexo este que pode abrigar quase 1 milhão de toneladas. Isso representa, na prática, 16 milhões e 600 mil sacas. Outro fato significativo, é que a Cooperativa é dona do maior espaço de armazenagem de alimentos in natura do Estado do Rio Grande do Sul e do Sul do País. Os produtores associados aparecem entre os que mais investem em genética, tecnologia de ponta e com resultados em todas as culturas. A estrutura envolve mais de 19 mil associados (nosso maior patrimônio – o verdadeiro dono da COTRIJUI) e mais de 2.200 colaboradores. O faturamento anual chega a cerca de 1 bilhão de reais, montante que permite a divisão das receitas em vários setores e numa vasta região.
A Diretoria atual, representada pelo Presidente, Vanderlei Ribeiro Fragoso, Vice, Paulo Schossler e Secretário, Ivan Schowantz, assumiu os destinos da COTRIJUI em 6 de fevereiro de 2013, após vitória democrática nas urnas, e, nas palavras de seu Presidente, têm pautado pela “transparência, redução de custos, saneamento financeiro, retomada da capacidade de investimentos, valorização do associado e do quadro funcional”. Um plano de revitalização está em andamento e as projeções são positivas, inclusive com a injeção de um financiamento de 200 milhões de dólares, recurso que tem um criterioso e rígido plano de aplicação.
Luiz Eduardo de Carvalho – Departamento de Comunicação
Data da publicação: 2013-07-20