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A IMPORTÂNCIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA FRAGILIDADE DO IDOSO
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Na quarta-feira dia 8 de novembro, a URI Santo Ângelo realizou uma palestra enriquecedora, promovida pelos cursos de saúde e a Liga Acadêmica do Estudo do Envelhecimento Humano LIEEN-URI, que contou com a participação dos acadêmicos de Farmácia, Enfermagem, Biomedicina e Educação Física.

A atividade, que teve como tema “Nuances do Envelhecimento”, contou com a expertise da fisioterapeuta neurofuncional Letícia Fagundes, que se dedica à reabilitação neurológica e trouxe à tona um tema de extrema importância: a incontinência urinária como um indicativo de fragilidade negligenciado no processo de envelhecimento.

O evento aconteceu no auditório do pavilhão 13 da URI Santo Ângelo, reunindo uma plateia ávida por informações sobre um tópico muitas vezes subestimado. A palestra de Letícia Fagundes, lançou luz sobre a questão da incontinência urinária, não apenas como uma questão de desconforto, mas como um marcador crucial da funcionalidade das pessoas, especialmente daqueles que estão na terceira idade.

Em sua apresentação, a fisioterapeuta destacou que a incontinência urinária é frequentemente percebida como uma simples perda de urina, causando constrangimento e incômodo. No entanto, ela ressaltou que esse sintoma revela muito mais sobre a saúde e a funcionalidade da pessoa do que se imagina. A incontinência pode indicar uma significativa perda de funcionalidade, afetando a independência e a autonomia das pessoas, uma vez que aqueles que a experimentam frequentemente correm contra o tempo para chegar ao banheiro, expondo-se a riscos de quedas.

A palestrante enfatizou que a incontinência urinária é um tópico que se torna mais relevante à medida que as pessoas envelhecem, afetando especialmente os idosos. Ela explicou que, dentro da fisioterapia, a reabilitação pélvica desempenha um papel fundamental na abordagem da incontinência urinária, ajudando a reorganizar a sustentação da bexiga e a restaurar a funcionalidade do sistema urinário.

Além disso, Letícia Fagundes destacou que a fisioterapia neurofuncional também desempenha um papel crucial na prevenção da incontinência urinária. Ela trabalha na sustentação postural e na preservação da funcionalidade, promovendo a autonomia das pessoas para que continuem fazendo o que sempre fizeram.

A palestrante enfatizou que doenças neurodegenerativas, como o Mal de Parkinson e sequelas de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), muitas vezes estão associadas à incontinência urinária. Ela observou que essas condições estão afetando cada vez mais pessoas precocemente, a partir dos 50 anos. No entanto, Letícia ressaltou que a intervenção precoce por meio da reabilitação pode conter a incontinência urinária e reduzir a fragilidade associada a essas condições.

Em resumo, a palestra “Nuances do Envelhecimento” ofereceu uma visão valiosa sobre a incontinência urinária como um alerta importante para a fragilidade no envelhecimento. O evento destacou a relevância de abordar esse tema de forma proativa, tanto para os profissionais de saúde quanto para os próprios indivíduos, a fim de preservar a independência e a qualidade de vida à medida que avançam em idade.

Andressa Pagno, professora da URI e coordenadora da Liga Acadêmica do Estudo do Envelhecimento Humano, afirma que mais uma vez, o compromisso da Universidade é promover a educação e a conscientização sobre questões de saúde que afetam a comunidade, preparando futuros profissionais de saúde e capacitando-os a lidar com os desafios do envelhecimento da população.

No próximo dia 22 de novembro, também às 17h, os participantes terão a oportunidade de ouvir a palestra de Taíse Dobner, nutricionista e mestre em envelhecimento humano. O tema de sua apresentação será “Nutrição no envelhecimento”, abordando a importância da alimentação adequada e dos cuidados nutricionais na promoção de um envelhecimento saudável.

Fonte: URI Santo Ângelo