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Aprosoja-RS projeta safra com baixa rentabilidade
soja

Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) divulgou, nesta terça-feira, que a safra 2023/2024 da oleaginosa será a mais desafiadora dos últimos 25 anos no Brasil. A previsão baseia-se em um estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP), apresentado juntamente com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), que aponta maior prejuízo a quem investe no sistema de cultivo consorciado com milho.

O levantamento, no entanto, coloca o Rio Grande do Sul na contramão de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Enquanto a receita líquida operacional com a soja, na comparação com a safra anterior, recua 86%, em Rio Verde (GO), e 130%, em Sorriso (MT), no RS, cresce 171%.

O cálculo, que retrata, de fato, o que é recebido pelo produtor após a venda, resulta em R$ 606 por hectare em Carazinho nesta safra. O município foi escolhido como referência por sua similaridade aos demais na questão do frete.

A projeção positiva, no entanto, não reflete a realidade gaúcha, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja no Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), Ireneu Orth, visto que a comparação é feita sob o resultado negativo de R$ 852 por hectare na safra 2022/2023 – quando os produtores locais foram duramente afetados pela estiagem.