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"Até o momento, não consigo encontrar conduta dolosa", diz delegado que investiga caso do bolo supostamente envenenado
BOLO

O delegado Marcos Vinicius Veloso, da Delegacia de Polícia de Torres, afirmou neste sábado (28) que o caso do bolo supostamente envenenado, consumido por seis pessoas da mesma família no dia 23 de dezembro, não é mais investigado como uma possível intoxicação alimentar, e sim como homicídio. Foi constatada a presença de arsênio no sangue de três das vítimas: duas delas estão vivas e uma faleceu. O caso aconteceu em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

O delegado responsável pelo inquérito diz que as provas colhidas até agora indicam um homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A outra linha de investigação, considerada menos provável neste instante, é a dolosa, quando existe a intenção de cometer o crime.

Três pessoas morreram e duas seguem internadas. A sexta vítima, que teria ingerido menor quantidade, foi liberada após atendimento hospitalar.

— Com as provas que coletamos, não sabemos se foi envenenamento culposo ou doloso. Até o momento, não consigo encontrar uma conduta dolosa. Porém, outras provas que vierem podem contrariar o que penso agora. É um inquérito que precisa de muita cautela — afirmou Veloso.

O delegado tomou mais de dez depoimentos de pessoas que têm relação com a família. O apanhado dessas oitivas é um dos elementos que leva à percepção atual, que ainda pode mudar, de conduta culposa.

— Estamos com outras frentes de investigação enquanto esperamos respostas periciais e algumas diligências que encaminhamos e que serão mantidas em sigilo. Atuamos principalmente com as oitivas de todas as pessoas que tinham contato para entender essa vida familiar. De forma sucinta, os depoimentos são de que a família vivia em harmonia. Isso leva a crer, até o momento, que não teria a conduta dolosa — comenta Veloso.

FONT- GAUCHA ZH