A incidência de câncer no mundo deve aumentar 57% em 20 anos, chegando a 22 milhões de novos casos ao ano, aponta relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado nesta semana. No período, o total de mortes pela doença deve ter expansão semelhante, saltando dos atuais 8,2 milhões por ano para 13 milhões anuais. De acordo com o oncologista Fábio Franke do Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), apesar do crescimento alarmante dos casos, o índice de cura também tem aumentado substancialmente.  “Há 50 anos, o índice de mortalidade era de 70%. Hoje, mais de 50% dos doentes conseguem se curar. E esse número poderia ser reduzido ainda mais se houvesse alterações em alguns hábitos de vida, como o fumo, sedentarismo e alimentação não saudável. 

Na área de abrangência do Cacon, que envolve mais de 120 municípios da região noroeste do Rio Grande do Sul, o câncer de mama atinge a metade dos casos de câncer, com 50,29 %. Segundo Fábio Franke, nos último 5 anos, dobrou, passando de 250 para 500 novos casos por ano.  No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima cerca de 580 mil casos novos da doença em 2014. Os tipos de câncer mais comuns serão: pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil). Também chamado de neoplasia maligna, o câncer é o nome de um grupo de mais de cem diferentes doenças. São células anormais que se dividem e proliferam de maneira desorganizada e descontrolada, adquirindo a capacidade de invadir outras células, tecidos e órgãos.

Franke destaca a importância do diagnóstico precoce. “É mais do que necessário o diagnóstico ser feito cedo a fim de complementar os tratamentos melhorados e atender o alarmante aumento da carga do câncer em nível global”, adianta o oncologista.  O HCI é um dos poucos hospitais do Estado que tem um mamógrafo 100% digital de última geração, que agiliza o tratamento da doença. De acordo com o oncologista,  a mamografia é um exame de rastreamento que detecta lesões e deve fazer parte da rotina feminina.

O Cacon se prepara para essa demanda cada vez mais crescente. O presidente do HCI Claudio Matte Martins afirma que o segundo acelerador linear, equipamento da radioterapia, está garantido para 2014. Segundo o dirigente, o aparelho de origem sueca custou quase 3 milhões de reais e já está no Brasil, armazenado no porto seco de Novo Hamburgo, na região do vale dos sinos. “ Agora, o passo seguinte é  a construção do bunker, uma blindagem especial com paredes de concreto e chapas de chumbo, para abrigar este novo equipamento, com um custo aproximado de 1,5 milhão de reais. São investimentos significativos que vão trazer enormes benefícios para a comunidade regional”, finaliza Matte Martins.

Fonte: HCI

Data da publicação: 2014-02-05