Notícia
Neste final de semana, 15 e 16 de fevereiro, os Correios do RS realizaram a entrega de 1 milhão e 300 mil correspondências no Estado. O trabalho contou com a participação de 1.183 empregados de todas as áreas da empresa e 298 veículos dos Correios. Setecentas mil correspondências seguem impactadas pelos 18 dias de paralisação. Durante esta semana, permanecem ainda as medidas para minimizar os efeitos da greve com realocação de empregados de outras áreas e realização de horas extras. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Márcio Eurico Vitral Amaro marcou para terça-feira (18) às 10h, o julgamento da ação cautelar protocolada no TST contra a Federação para considerar a greve ilegal.
No Rio Grande do Sul, nesta segunda (17) dos 8,6 mil empregados, 999 permanecem em paralisação, o que representa 11% do efetivo total da empresa no Estado. Os Correios do RS registraram que hoje há oito unidades em que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) não cumpriu a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de manter efetivo mínimo de 40% por unidade. A multa para o Sindicato é de R$ 50 mil por dia. Todas as agências estão abertas e todos os serviços, inclusive o SEDEX, estão disponíveis — com exceção dos serviços de entrega com hora marcada em algumas localidades.
Histórico sobre a paralisação
A Direção dos Correios do RS esclarece que em 2013, foi assinado o Acordo Coletivo de Trabalho entre Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) no Tribunal Superior do Trabalho durante o dissídio da categoria. Já neste acordo consta a não alteração do plano de saúde, a questão da entrega matutina e acordos sobre os mesmos questionamentos que os Sindicatos em greve estão colocando como pauta para a paralisação que está acontecendo agora. Ao todo 16 sindicatos em 14 Estados iniciaram o movimento de paralisação parcial no dia 31 de janeiro contra a Postal Saúde, que é uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios — e não um plano de saúde. Esclarecemos que Correios Saúde é o Plano de Saúde da empresa. Postal Saúde é a nova gestora do nosso Plano de Saúde. Nenhum empregado perderá seus benefícios. Todas as atuais regras e condições do Plano Correios Saúde serão mantidas. Isso inclui os beneficiários cadastrados, forma de pagamento, compartilhamento, rede credenciada, cobertura de procedimentos etc. Isso foi acordado entre Correios e Federação no Acordo Coletivo de Trabalho e assinado no TST.
Também no último acordo coletivo, os Correios acordaram com os Sindicatos em fazer estudos para viabilizar a entrega matutina. A entrega pela manhã envolve diversos fatores, desde o horário de postagem, tráfego aéreo, chegada da carga na unidade e prazo de entrega para o cliente. A mudança está sendo testada com 12 Centros de Distribuição em seis estados (São Paulo, Maranhão, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Estas unidades já estão atuando em horário matutino para que a empresa possa avaliar a logística necessária para essa implementação em todo o país. A previsão é de que o piloto seja concluído ainda no primeiro semestre de 2014 para posterior implantação.
Sendo assim, e, entendendo que a Empresa já está cumprindo com o que foi assinado no TST, os Correios entraram com uma ação cautelar no Tribunal contra a Federação para considerar a greve ilegal ao buscar alterar fato já decidido pelo TST. Na sexta-feira (7), o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Márcio Eurico Vitral Amaro, acatou parte do pedido dos Correios e concedeu liminar determinando que a Fentect garanta um efetivo mínimo de 40% em atividade em cada unidade da empresa, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Além disso, desde 2013 os Correios criaram uma mesa nacional de negociação permanente com as representações dos trabalhadores, com o propósito de construir um sistema democrático de relações do trabalho e evitar que se chegue a situações extremas como paralisações ou greves que só trazem prejuízos à sociedade. No entanto, os 16 sindicatos que decretaram greve recusam-se a participar dos debates. Ainda assim, a Direção Regional dos Correios do RS já se colocou a disposição da direção da SINTECTRS para tentar abrir o diálogo, mas até o momento não obteve uma resposta do sindicato.
Fonte: Assessoria de Comunicação dos Correios
Data da publicação: 2014-02-17