Notícia

Entidades do setor agrário avaliam projeções da quebra da soja na Expodireto 2025
SOJA

O presidente da Associação dos Produtores de Soja no Rio Grande do Sul (Aprosoja), Ireneu Orth, avaliou como assertiva a projeção realizada pela Emater/RS-Ascar para a quebra da soja no ciclo 2024/2025, divulgada nesta terça-feira, dia 11, na Expodireto 2025. A empresa de extensão rural calcula uma retração de 30,4% na estimativa original da produção da oleaginosa. Diretamente da feira agropecuária, em Não-Me-Toque, ele confirma que muitas áreas nas regiões do Centro, Missões e Metade Sul do Estado não devem nem conseguir realizar suas colheitas em função das perdas decorrentes da estiagem.

A estimativa original, considerando a área plantada de 6.811.344 hectares, era de 21.652.404 toneladas. Agora, o volume estimado cai para 15.072.765. Se confirmada a previsão divulgada pela Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul terá, no ciclo 2024/2025, uma colheita de soja 17,4% inferior ao obtido em 2023/2024. Naquele período, a safra do grão somou 18.252.278 toneladas.

“A nível de Estado vamos ter lavouras com 100% de colheita e outras com zero por cento. Na minha concepção vamos de 5 a 80 sacas por hectare. Eu torço para que eu esteja errado”, desabafou, salientando que a estiagem não vai durar para sempre e que a expectativa é de que o próximo ciclo de safra seja melhor.

“A preocupação toda é conseguir manter as lavouras. Vai ter muito produtor rural que não vai ter crédito para plantar se não sair o projeto de alongamento das dívidas e muitos que vão querer devolver as áreas arrendadas para os proprietários. Vai ser uma situação bem complexa”, pontuou,

O dirigente da Aprosoja explica que, caso seja concretizada a securitização e o produtor puder pagar as dívidas em 20 anos e ter acesso a novos custeios, os agricultores devem permanecer no campo.

FONTE- CORREIO DO POVO