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Leandro Boldrini tem acessos a Hospital Universitário de Santa Maria bloqueados e não pode mais frequentar residência médica
FDP

Após ter o registro profissional de médico cassado, Leandro Boldrini foi desligado do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) na noite da sexta-feira (14). Ele frequentava desde o ano passado o programa de residência médica da instituição na área de cirurgia do trauma, que é subordinada à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Na noite da sexta-feira, contudo, a instituição confirmou que recebeu do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul(Cremers)a comunicação sobre o resultado do julgamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) de cassar, por unanimidade, o direito de Boldrini exercer a medicina e cancelar o registro profissional dele, ocorrido na terça-feira (11). A decisão foi tornada pública pela manhã.

O condenado não poderá mais ingressar no hospital como profissional da medicina, já que teve os sistemas de acesso e crachá cancelados.

Leandro Boldrini havia sido absolvido em processo ético-disciplinar pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers). O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) recorreu e se habilitou como parte no processo junto ao CFM.

Segundo a promotora de Justiça Alessandra Moura Bastian da Cunha, coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e de Acolhimento às Vítimas do MP-RS, na sustentação oral, foi possível demonstrar que o médico contribuiu e planejou o homicídio e usou conhecimentos da medicina para esse intento. A atuação do MPRS junto ao conselho e a decisão são inéditos, segundo a promotora.

O advogado de Boldrini, Ezequiel Vetoretti, informou que ingressará com ação na Justiça para buscar a nulidade do processo ético-disciplinar. Em relação ao mérito da decisão de cassação, não cabe recurso junto ao CFM nem na Justiça.

FONTE- GAUCHA Z\H