Notícia
A campanha Outubro Rosa, realizada em diversos países, procura conscientizar sobre o câncer de mama – o câncer que mais mata mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o ano de 2022, são estimados 66.280 novos casos.
Veja abaixo mais informações e orientações para ajudar no cuidado e prevenção.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
A maior parte dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres, a partir dos 50 anos, com incidência maior conforme o aumento da idade. Homens também desenvolvem câncer de mama, mas em incidência muito menor – apenas 1% de todos os casos da doença.
Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. Dos casos tratados adequadamente e em tempo oportuno, a maioria apresenta bom prognóstico.
A realização de exames preventivos para diagnóstico precoce da doença é a melhor forma de você se cuidar.
Confira as programações em postos de atendimento de saúde do seu estado e município, como nas Unidades Básicas de Saúde, hospitais, entre outros. Assim, você conseguirá identificar as atividades de seu interesse e se programar para participar delas.
Risco
O que aumenta o risco de câncer de mama? O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença – cerca de quatro em cada cinco casos ocorre após os 50 anos.
Conforme informações do Inca, outros fatores que aumentam o risco da doença são:
– Fatores ambientais e comportamentais: – obesidade e sobrepeso; – inatividade física (é considerada como a não realização de ao menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada); – consumo de bebida alcoólica; – exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, raios-X, mamografia etc); – tabagismo (há evidências sugestivas de aumento de risco).
– Fatores da história reprodutiva e hormonal: – primeira menstruação antes de 12 anos; – não ter tido filhos; – primeira gravidez após os 30 anos; – parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; – uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona); – ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
– Fatores genéticos e hereditários (a mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama): – história familiar de câncer de ovário; – casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos; – história familiar de câncer de mama em homens; – alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
– Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença
Como se prevenir?
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
– praticar atividade física;
– manter o peso corporal adequado;
– evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– amamentar (amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção);
– não fumar e evitar o tabagismo passivo.
Como fazer a detecção precoce?
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas e identificar sinais ou sintomas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Quais são os principais sinais e sintomas?
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
– nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
– pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– alterações no bico do peito (mamilo);
– pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
– saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.
FONTE: O SUL