A estiagem que afeta diversas regiões do Rio Grande do Sul tem causado danos significativos à produção agrícola, especialmente na lavoura de soja. Segundo informações divulgadas na última sexta-feira, 31, pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, os municípios das regiões Missões, Centro e Fronteira Oeste enfrentam perdas de até 40% na safra. Em algumas propriedades, as perdas chegam a 100%, o que agrava ainda mais o cenário.

Durante uma reunião em Ijuí, no dia 30 de janeiro, Carlos Joel classificou a situação como crítica. Ele destacou que, mesmo que as chuvas aconteçam nos próximos dias, não será possível reverter o quadro, e a produtividade já está comprometida de forma irreversível. O presidente da Fetag ressaltou que a expectativa de uma recuperação da safra é muito baixa, e qualquer precipitação adicional pode até aumentar a quebra da produção.

De acordo com os agricultores e com o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, cerca de 70% da lavoura de soja está na fase reprodutiva, que é crucial para a formação dos grãos. Esta fase, conhecida como floração e enchimento de grãos, é extremamente sensível às condições climáticas e, no caso deste ano, a estiagem prejudicou ainda mais a produtividade.

A Emater/RS está realizando um levantamento detalhado para atualizar as estimativas sobre a safra 2024/2025, mas, até o momento, não há uma data definida para a apresentação dos resultados. No entanto, Carlos Joel acredita que os números mais precisos estarão disponíveis até a próxima quinta-feira, 6, quando a Fetag realizará uma nova reunião na sede da entidade em Porto Alegre.

O cenário de perdas na soja tem gerado grande preocupação entre os produtores e autoridades, que buscam soluções para mitigar os danos causados pela seca e tentar minimizar os impactos na economia regional.

FONTE – JORNALISMO RÁDIO MUNDIAL